Última Obra

ultima-obra

Sorria, não foi por mal
Somos obra do acaso
Talvez um mal sinal
O que seria se não existisse o tempo
Que passa enquanto curamos a dor

Portanto, temos apenas um ponto final
Algo como o sentido que anda sem direção
Não temos motivos para arrependimentos
Sem mágoas, sem dor, sem ressentimentos

No mais, agradeço sua passagem
Agradeço toda tormenta, sua partida
Agradeço os motivos que me desabrigaram, pois
Sem eles não edificaria minha vida

Seria essa a ultima obra
Já me perdoei dos pecados
Já arrumei a casa, fechei as portas e janelas
Estou jogando o lixo fora

Aquele relógio que rodava ao contrário
Já não sei onde está, sumiu
E o sorriso que a muito me faltava
Também não sei como, surgiu

Por fim, siga em frente
Esqueça do que deixou para trás
Somos todos inocentes
Sem amor, sem culpa, aliás

 

Renato Moraes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

CommentLuv badge